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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Continente rico, com liderança fracassada


A doença africana tem sido  má gestão  da coisa pública e má liderança estrutural.
Os países africanos são potencialmente ricos  porque têm vários recursos, mas uma boa parte da população africana vive
em situação de extrema pobreza. Onde está a falha dos países africanos? 



Neste vídeo o intervistado faz uma breve comparação entre a Nigéria e o Dubai.
Segundo o intervistado, a falha está na falta de boa governação. O que impede o crescimento socioeconômico do Continente africano é a falta de  uma liderança estratégica e visionária, ele menciona como bom líder ou liderança certa.
A riqueza natural de uma Nação só  produz benefícios  para a população nativa e residente, se essa é  acompanhada de um plano de acção capaz de transformar o potencial em algo concreto, como é o caso do Dubai.
Somente uma justa liderança será capaz de tirar maior proveito dos recursos naturais existentes, garantindo que os primeiros beneficiários sejam os próprios africanos,  e  as pessoas que escolheram a África como terra para desenvolverem os próprios interesses profissionais e afectivos.
Enquanto existir uma África rica com liderança fracassada, somente uma pequena menoria africa usufruirá das imensas riquezas que o continente tem.  Fazendo assim crescer a  desigualdade social, a criminalidade, a emigração (despovoamento do Continente), e tantos outros problemas sociais.  Enquanto existirem vários chefes, e poucos líderes dentro do Continente, a África estará sempre em desvantagens em ralação aos outros continentes. 
Para que os países africanos estejam dentro de um mercado concorrencial em matéria de atração e captação de investimento externos, os governantes africanos devem melhorar as suas performances, as suas estratégias e melhorarem a canduta. 



sexta-feira, 8 de março de 2019

Política: a sororidade é a lei do feminismo

Feminismo é política.  Sororidade é  união, parceria, empatia,  entre as mulheres.  Empatia não é sobre algo que acontece apenas com uma mulher do nosso ciclo de amizades, não é lutar apenas para os direitos das mulheres que têm a mesma linha de pensamento que a nossa, é apoiar todas, independentemente do grau de aproximação. Sororidade é zelar, incentivar, e lutar para que todas sejam respeitadas.
Num mundo em que as mulheres são educadas a competirem entre elas, precisamos renovar a necessidade de promover união entre nós mulheres. Se mexer uma, mexe todas. Por isso a luta é de todas, e em nome de todas. 

Sororidade:mexeu com uma, mexeu com todas!
Angola (Luanda)

Feminismo além de ser política que promove e desenvolve a igualdade de gênero, tem sido essencial para desconstruir a rivalidade entre as mulheres. Os movimentos feministas com as suas acções têm obtido resultados de pequenas e grandes dimensões que mudam as vidas e a posição das mulheres na sociedade. Sororidade é a lei do feminismo. 


Josefa Trindade
Angola (Luanda)

Desde que as mulheres tiveram consciência da necessidade de lutarem juntas para alcançarem objectivos comuns,  a vida  melhorou consideravelmente, mas a luta ainda é grande, todos os dias no Mundo registram-se vários casos de injustiça contra as mulheres, neste momento em que lemos esse texto, uma mulher está perdendo a vida ou sendo ofendida pelo simples facto de ser mulher.  Aqui estão alguns exemplos  de sororidade para inspirar todas as mulheres do Mundo. 


Angola (Luanda) 
MatabichoEconomoPolitico abraça todas as mulheres que têm dedicado as suas vidas para a emancipação política, econômica e social das mulheres. De lembrar que hoje não é um dia de festa, mas sim de reflexão... Aproveito o dia para tirar 10 minutos de SILÊNCIO em memória das vítimas que sofreram  e sofrem violências, desde as psicológicas até as físicas.

Pode interessar:
  1. Alemanha: Cimeira W20
  2. Sociedade moderna e os conceitos errados "Quando és pobre, mas ela acredita nos teus sonhos"
  3. Angola: as mulheres merecem aborto seguro e legalizado 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Angola, Savimbi morre aos 22 de Fevereiro de 2002?

Matabicho é  Político
  • Menú: Política; Angola;  Jonas Savimbi e UNITA
  • Convidado: Hitler Jessy Tshikonde, activista angolano, já foi detido  com os seus companheiros por supostamente terem ideias diferentes do antigo regime (preso político).  



MatabichoEconomoPolitico
Hitler Samussuku em fase de julgamento, no caso mediático (15+2)



Obrigada por ter aceitado o convite. Como gostarias de ser chamado?
Hitler Samussuku

Quem é o Hitler ? 
Sou rapper, activista e estudante.

De onde surgiu a inciativa de ser socialmente e politicamente activo? 
Vêm do movimento hip hop 

Depois da reclusão injusta a que foste submetido com os teus companheiros as tuas convicções sofreram alterações? 
Antes pelo contrario, fortificaram... Risos...

Recentemente formou-se em Ciências Políticas com êxitos que orgulham muitos dos teus seguidores. Como é viver como um modelo a seguir?  Reconheces que és um líder? 
É muito difícil ser modelo social porque as pessoas buscam perfeição em tí, quando erras ou se enganas és fortemente criticado, portanto é um exercício difícil ser modelo a seguir. Quanto a questão de ser um líder é normal que algumas pessoas pelos nossos feitos seguem os nossos passos e desejam ser como nós.


MatabichoEconomoPolitico
Jonas Malheiro Savimbi, líder africano e
 Primeiro Presidente da UNITA

Gostaria que dessemos um passo para atrás na então recente História Angolana. No dia 22 de Fevereiro de 2002 o governo angolano e os médias declararam  publicamente a morte de Jonas M. Savimbi, líder político e Presidente da UNITA. O que tem a nos dizer sobre essa data enquanto politólogo? 
A morte de Jonas Savimbi veio destapar o regime ditatorial que impera em Angola desde 1975. Neste caso, a morte de Savimbi foi um mal necessário para se conhecer a natureza do MPLA. Hoje,  as pessoas estão a desconstruir  aquele idea  de "monstro" que sempre foi Savimbi (como o MPLA nos mostrou durante anos de guerra), e estão a colocar-lhe numa posição de verdadeiro heroi por ter lutado anfincadamente em prol do povo angolano.

Nos corredores de debates políticos,  alguns estudiosos da comunidade angolana e  internacional alegam que Savimbi não foi morto da forma como os angolanos foram informados, e recentemente publicaste algo que confirma essa tese. Podes explicar melhor  essa hipótese? 
A forma como Savimbi morreu continua a ser um misterio porque quase ou nada  se escreve sobre isso. Jaime Nogueira Pinto, escritor português na sua obra Jogos Africanos apresenta alguns detalhes muito interessantes que dão conta que Savimbi suicidou-se,..., e a sequência de tiro foi depois de morto para justificar o combate entre as forças armadas e os militares da UNITA.

Como assim, podes partilhar mais detalhes desta tese exposta no livro Jogos Africanos? 
Assim como Agostinho Neto não morreu aos 10 de Setembro de 1979, Jonas Savimbi também não morreu aos 22 de Fevereiro de 2002, aliás,  num país onde sempre nos mentiram não seria a primeira vez que poderiam nos contar a verdade. Quando Jonas Savimbi se deu tiro do pescoço os soldados das forças armadas estavam no outro lado do Rio Lungue Bungo a procurar formas para chegar na Ilha e lá um segurança ao ver a tropa disse: -Mais velho , olha o Guildo com os das FAA'S !Savimbi levantou e foi por trás da casebre improvisada onde suicidou-se. Igualmente,  não é verdade que Jonas Savimbi morreu no Lucusse, na verdade o governo de Luanda reconhecendo que Lungue Bungo era uma zona de difícil acesso, assim sendo, a única hipótese válida é que transportaram o corpo de helicóptero para o Lucusse. Essas idéias aparecem superficialmente na obra de Jaime Nogueira Pinto  Jogos Africanos.

Actualmente, como vê a situação sociopolítica de Angola? Houve melhorias concrentas em Angola depois da morte do  Jonas Savimbi? 
Houve melhoria em alguns sectores , só que o crescimento económico do país , cresceu com a assimetria social, ou seja, o nível de pobreza agravou-se consideravelmente. Este factor mobilizou a participação política activa dos cidadãos e colocou em causa a legitimidade de José Eduardo dos Santos e do seu Partido. Com a subida de João Lourenço no poder, tenta-se criar uma transição pela transação que visa conservar o poder político e sacrificar algumas figuras de prol ao partido-Estado que prevaricaram ao longo dos poucos últimos anos de governação. O MPLA hoje é uma estrutura apodrecida condenada a auto-distruição.

Suponhamos que Savimbi não tivesse morrido naquele 2002, acredita que ele estava em condições de governar o seu Partido e  Angola?
Infelizmente não sou adivinhador....Risos. 

Em que posição colocarias o Savimbi na História de Angola e da África?
Savimbi para mim é a melhor referência histórica de Angola por ter criado um movimento pela descolonização de Angola;  por ter participado dos acordos de Mombaça, Alvor, Nakuro, Gbadolite, Bicesse e Lusaka; por ser ainda um líder carismático que colocava o angolano no centro das suas decisões políticas; por ser verdadeiramente patriota e comprometido com a Nação, e não com a acumulação primitiva de capital; por ser alguém que morreu para o beneficio do povo angolano. Savimbi será referência para as próximas gerações,  e a sua luta estendeu-se para os outros países de África,  por isso foi considerado Key to África;  por ser a figura mais importante na destruição da União Soviética através da Doutrina Reagan.

Hitler,  o  MPLA está condenado a outo-distruição como afirmou alguns minutos atrás,  na tua opinião, que remédios são  necessários para reestruturar os partidos históricos de Angola,  uma vez que quase todos enfrentam uma  crise partidaria?
É melhor que desaparecem todos mesmo porque é por causa deles que o país está mais mal do que propriamente bem. Precisamos criar organizações políticas para os desafios do século XXI . Esses partidos enquadram-se no século passado.




Páginas sugeridas:
  1.   Hitler Samussuku 
  2. Activistas presos (15 +2, actualmente conhecida como 15+Nós)
  3. MatabichoEconomoPolitico

Leitura sugerida:
  1. Título: Jogos Africanos
  2. Autor: Jaime Nogueira Pinto

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

HÁ POSSIBILIDADE DE IMPEACHMENT A JOÃO LOURENÇO E HIGINO CARNEIRO SAIR DE ARGUIDO A VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA?





MatabichoEconomoPolitico
Carlos Alberto (Jornalista angolano) 



Por: Carlos Alberto ( Jornalista angolano)

Os últimos "acontecimentos prisionais" (de marimbondos) têm aproximado, cada vez mais, o presidente da República João Lourenço a uma situação de impeachment (impedimento de exercer o cargo de presidente da República), que resultaria de uma destituição a partir da Assembleia Nacional. Muito se fala, em bocas pequenas, da possibilidade de "arguidos do MPLA" (marimbondos) poderem trazer a público provas de fraude eleitoral arquitectadas nas nossas eleições gerais de Agosto de 2017, com o "agreement" (cumplicidade) do cabeça-de-lista da lista do MPLA, que se terá tornado, pela via da fraude, presidente da República. Ao acontecer, teríamos os seguintes cenários: 1. Com provas (públicas) que apontassem que houve fraude eleitoral e que João Lourenço sabia da sua existência e até terá participado nela para que o desfecho das eleições o colocassem, de forma ilegal, no cadeirão máximo do país, a Procuradoria-Geral da República (PGR) seria obrigada a abrir imediatamente um processo de investigação para confirmar a autenticidade das provas exibidas e responsabilizar criminalmente o "falso presidente". Aqui levanta-se a questão se o Procurador-Geral da República, que foi nomeado pelo presidente da República (alvo do impeachment), teria coragem de fazer justiça, chegando mesmo ao ponto de ir contra quem o nomeou. Por isso é que se questiona também se temos de facto separação de poderes ou se é tudo conversa para boi dormir. Aliás, já houve provas públicas de fraude eleitoral aquando da expulsão de Angola de congoleses que exibiram cartões de eleitor, cartões de militante do MPLA e Bilhetes de Identidade, como "resultado" da "Operação Transparência" . A PGR preferiu fechar os olhos e a justificação é clara. 2. Supondo que estamos num cenário de separação de poderes - como o próprio presidente da República vem dizendo -, a PGR faria o seu trabalho e levaria uma acusação de responsabilidade criminal de traição à pátria ao presidente da República, como reza o artigo 127.° da Constituição da República de Angola (CRA). Alguns juristas poderão dizer que fraude eleitoral não é traição à pátria. Do meu ponto de vista, é. A partir do momento que se prova dolo na vontade de representação do soberano, estamos perante uma soberania violada, logo é traição à soberania, é traição à pátria. Avancemos, voltando ao "país normal". 3. A PGR prova que houve traição à pátria no número 1 do artigo 127.° da CRA e por isso submete o impeachment (a destituição do presidente da República) à Assembleia Nacional (AN). 4. A AN teria de votar favoravelmente no impeachment (no país normal) para se fazer justiça, conforme recomendação do Ministério Público que mostrou provas de crime de traição à pátria. Na votação, na AN, para que João Lourenço fosse destituído do cargo de presidente da República, teria de haver uma vontade para esse efeito de uma maioria, pelo menos de 2/3 dos deputados, a maioria qualificada, de acordo com a Constituição, que corresponde a 147 deputados dos 220 existentes. A oposição possui 70 deputados. Supondo que estivéssemos perante uma "oposição normal", teríamos garantidamente 70 votos favoráveis no impeachment. Precisar-se-ia de voto favorável de mais 77 deputados do MPLA para que João Lourenço fosse destituído. Supondo que estivéssemos perante "deputados normais" (que colocam a justiça acima dos seus interesses pessoais), agravado do facto de muitos deles não pretenderem ser os próximos a serem retirados de um avião se pretenderem viajar, uma vez que se aventa a possibilidade de todos os deputados do MPLA que já exerceram cargos públicos terem a sua vez garantida para a sua responsabilização criminal, teríamos garantidamente mais 77 deputados a votar a favor do impeachment, uma vez que o crime de traição à pátria dá direito à destituição do presidente da República, como reza a alínea a) do número 1, do artigo 129.°. 5. Com o impeachment consumado na AN, o assunto seria remetido ao Tribunal Supremo, órgão responsável pela decisão da destituição do presidente da República, como reza o número 3 do artigo 129.° da CRA. E quem é o Juiz-Presidente do Tribunal Supremo? Rui Ferreira. Justamente o  Juiz-Presidente do Tribunal Constitucional, que validou as "eleições fraudulentas", tendo reprovado, inclusive, as propostas de impugnação das eleições de 2017 por parte da UNITA, CASA-CE e PRS. Após todo o processo de impeachment, do país normal, teríamos aqui um grande obstáculo para se fazer justiça. É só recordar que Rui Ferreira é Juiz-Presidente do Tribunal Supremo sem ser juiz de carreira. Temos um advogado de carreira como Juiz-Presidente de um tribunal que pode decidir um impeachment por crime de traição à pátria. Lembro ainda que Rui Ferreira não foi o escolhido dos juízes de carreia. Os juízes propuseram o nome do juiz Miguel Correia. Foi exactamente o presidente da República João Lourenço (que está aqui a ser alvo de impeachment) que o escolhe, ignorando a proposta inicial dos juizes de carreira. Ou seja, preteriu-se um juiz de carreira para se dar lugar a um advogado para Juiz-Presidente do Tribunal Supremo, a mesma pessoa que, por sinal, validou as eleições (aqui no nosso cenário "fraudulentas"). A escolha de João Lourenço não terá sido por acaso, já que Rui Ferreira seria obrigado a ser coerente com o seu passado, para além do compromisso moral que tem para com o actual presidente da República, uma vez que está a exercer um cargo de forma indevida. Mas supondo que Rui Ferreira fosse finalmente um "homem normal" (patriota), podíamos ter o impeachment consumado pelo Tribunal Supremo, embora não se deva ignorar o voto dos outros juízes do TS. O Tribunal Supremo tem 21 juízes que até podiam ser "normais". O problema é que o Juiz-Presidente tem voto de qualidade no caso de empate. Sendo Rui Ferreira patriota, teríamos um voto de qualidade a favor da justiça: destituição do presidente da República, pelos motivos acima descritos. 6. Tendo o impeachment sido consumado, qual seria o day after? Teríamos uma situação de vacatura do presidente da República eleito, o que permitiria que o vice-presidente da República, Bornito de Sousa, assumisse o cargo de presidente da República, com a plenitude dos poderes, como reza o número 1 do artigo 132.° da CRA. 7. Nesse cenário, o novo presidente da República podia ir à Assembleia Nacional escolher o seu vice-presidente no Grupo Parlamentar do partido que "venceu" as eleições, podendo escolher Higino Carneiro, por exemplo, para o cargo de vice-presidente da República até 2022, altura em que se realizasse novas eleições. Faço este artigo para que os cidadãos possam ter noção dos perigos - para o próprio MPLA (ou João Lourenço) - de termos construído um prédio de luxo em cima de mentiras. E fica aqui provado que nós estamos longe de sermos um "país normal". Este país projectado neste artigo simplesmente não existe. Um impeachment, no caso de se pretender fazer justiça, só seria possível se todos nós fóssemos patriotas. Ou seja, se todos colocassem a nação acima dos seus interesses pessoais. Mesmo João Lourenço não dá aqui sinais de patriotismo pela escolha que teve para o Tribunal Supremo, um órgão que pode decidir um eventual impeachment por traição à pátria. Este cenário só seria possível se fóssemos normais; se fóssemos patriotas. Não é o caso.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O desporto de Angola registra mais uma vez luto por negligência

Campo 11 de Novembro 


Comunicado de imprensa
O Clube Desportivo 1°de Agosto comunica o seguinte:Hoje após o jogo entre o nosso Clube e o TP Mazembe a contar para os 4 de final da Liga dos campeões africanos, na zona externa (perímetro exterior) da parte nascente do estádio 11 de Novembro pereceram (faleceram) alguns cidadãos.Face ao infausto acontecimento o Clube endereça as famílias os mais sentidos sentimentos de pesar.Por outro lado informa que uma investigação a ser dirigida pelos órgãos competentes dará mais pormenores sobre o sucedido.Luanda aos 15 de Setembro de 2018




MatabichoEconomoPolitico
D´Agosto e  TP Mazembe

Sinceras condolências para o desporto angolano, em em particular, para as famílias proximas das vitimas!

Na minha opinião nós os adeptos não devemos partilhar nas redes sociais os corpos dos nossos companheiros por questão de respeito e honra pelas vidas roubadas. Voltando ao assunto em questão, acredito que depois desse facto desastroso, nós como sociedade, como adeptos temos de de nós colocar algumas perguntas em busca das soluções para evitarmos futuras vítimas. 

  1. A polícia está preparada para trabalhar no meio das massas? 
  2. Como é possível construírem e abrirem estruturas públicas sem antes pensarem no plano de evacuação (saídas seguras) para as situações de emergências? 
  3. Qual é a função dos bombeiros e médicos afinal? 
  4. É possível aumentar o nível de consciência daqueles que trabalham ao serviço da "ordem pública" nacional? Não é admissível continuar a assistir de forma passiva polícias ignorantes abusando do poder que o Estado os conferiu. 
  5. Quando começarão a responsabilizar penalmente quem causa mortes ou qualquer agressão física aos outros em nome da profissão que exerce, como no caso de homem fardados, médicos e paramédicos? 
Desporto deve ser motivo de alegria e não de tristeza. Não podemos permitir novas vítimas, alguém tem de se responsabilizar. Não é possível pensar em ficar sossegados quando temos um familiar ou um amigo que decidiu assistir o jogo no campo. Depois das tragédias precedentes, que aconteceram no estádio da cidadela em Luanda, e aquela do campo no Uíge, as precauções tinham de ser reforçadas nos nossos campos de futebol. Caso contrário, daqui a pouco os campos estarão vazios, só mente com os jogadores porque ninguém irá comprar bilhetes de ingresso para buscar a morte. Acredito que os campos foram construídos para acolher pessoas, várias pessoas, então é justo que ao organizarem um evento tenham em mente que terão de acolher da forma mais humana e mais segura essas pessoas. Mais uma vez o desporto angolano está em luto, mais uma vez os campos que foram construídos para proporcionarem alegria nos farão recordar eventos tristes. Ninguém quer morrer nos campos por irresponsabilidade de alguns, ninguém quer perder família desta forma tão estúpida. Precisamos prudência, precisamos segurança, precisamos lazer sem pôr em risco a nossa vida.

Força D'Agosto e Angola! 

sábado, 8 de setembro de 2018

Angola: José Eduardo Dos Santos deixa a liderança do MPLA

MatabichoEconomoPolitico
VI Congresso Extraordinário do MPLA
José E. dos Santos e João G. Lourenço

Hoje é  o fim de uma fase da história  do Partido maioritário de Angola,  é  o início da fase mais  "adulta" do MPLA.  José Eduardo dos Santos  enquanto  Presidente  do MPLA e da Nação  enfrentou muitas coisas, acumulou vários troféus como líder e muitos derrotas.  Seus últimos  anos na liderança  da Nação e do partido  foram tão péssimos, que por vezes nós cidadãos críticos dessa má  governação  nos esquecemos que JES em vários momentos  já foi orgulho para muitos de nós; se hoje vamos para fora do país e gritamos orgulhosamente que somos  angolanos é  mérito deste Presidente que está a sair pela porta menos honrosa.  Claramente, cometeu erros incalculáveis que já mais  sairão da História  angolana porque muitos deles deixaram sequelas que  levaremos ao futuro  indeterminado. Mas não podemos fingir que não conhecemos a História  da África  e de Angola, não podemos fingir que não conhecemos o ambiente geopolítica onde ele exerceu o seu papel de político. Nosso país desde a fase embrionária foi um país  que abraçou o comunismo, tivemos como aliados  vários  países ditatoriais, como esperar um comportamento diferente do discípulo dos russos? O problema angolano não foi a figura de Dos Santos  em si só, o problema  foram   e  são: a cultura do medo; a cultura da bajulação;  a cultura do servilismo;  a herança comportamental  colonial da PIDE  (espiar e indicar ao chefe quem pensa diferente); o egoísmo e materialismo; a política  sem moral;  a ignorância da consciência política  que rege  a nossa sociedade. Um exemplo recorrente: durante esses anos todos o povo pensou  que a guerra é  apenas responsabilidade da UNITA liderado por  Jonas Savimbi,  e que   a paz é  um ganho do MPLA  liderado por  JES.  Com isso,  depois da morte do líder da UNITA em Fevereiro de 2002, que culminou  com a paz  Nacional (4 de Abril no mesmo ano).  Deu-se início de uma nova era na História  de Angola onde JES  passou a ser visto como o único que merece respeito, passou a ser idolatrado por aqueles que o circulavam ou desejam obter vantagens pessoais.
A guerra em qualquer  país  do Mundo  é  um atraso eminente  para a civilização, e o caso de Angola não foi diferente.  Em 2002   nasceram os slogan de desenvolvimento de Angola, e os angolanos sentiram-se  obrigados  a reconstruir  o país  para eliminar os vestígios  da guerra, e caminhar rumo ao desenvolvimento.  Sendo Angola um país  rico em recursos naturais e não só, tendo um território  vasto, apropriado  para abraçar  qualquer  tipo de inovação e desenvolvimento, entendemos que tínhamos de buscar ajuda internacional  para construir o sonho de Agostinho  Neto.  Buscamos capital humano para ajudarem na  qualificação da  nossa população, buscamos financiamentos externos  para responder  a demanda Nacional.
Entramos para era do capitalismo selvagem sem passar por algumas fases essências para o desenvolvimento económico e social: todos começaram a  querer o enriquecimento  fácil, e escolheram como mestre as lições  maquiavélicas "os fins justificam os meus", e dali para cá  surgiu a era da bajulação.  JES tornou-se  não apenas Presidente do Partido e da República de Angola,  como também  num Deus  vivo, um filho  de ouro,  e quem tivesse a chance de encosta-lo, era considerado  da moda e intocável. Esses últimos,   tornaram-se   bajus, eles perderam a noção do certo e  do incerto, e depredaram o país  acumulando riquezas para eles. Formamos uma elite de vaidosos,  corruptos  e irresponsáveis para com a Nação.  Essa mesma elite, com as suas práticas de irresponsabilidade  fizeram com que  um País que tinha  e tem  tudo para dar certo, entrasse  em uma crise social, moral,  económica  e política profunda. 
MatabichoEconomoPolitico

Uma crise que trouxe  várias  desgraças para os angolanos e para os estrangeiros  que viam no nossso país  oportunidades  para investirem (desenvolverem as suas actividades) e viverem.  Aqui surgiu o descontentamento  da população  que cresceu sonhando com as promessas  de Ma Nguxi (Agostinho Neto) e com as previsões  que a comunidade  internacional  fazia em relação  ao nosso potencial enquanto  país rico de recursos e próspero. Isso criou divisão interna no MPLA, a discussão da seriedade do Partido no poder, acompanhada com a distribuição  da figura de JES enquanto  líder político e Presidente da Nação.
Apesar de todos esses factos negativos  que são impossíveis  de ignorar, acredito que se José  Eduardo  dos  Santos  tivesse companheiros políticos  críticos (uma família capaz de despertar-lo) que estava circundado de pessoas erradas, e que estava entrando num caminho sem volta, Ele hoje sairia  do VI Congresso  Extraordinário  do MPLA, não apenas com aplausos  falsos e compaixão  de quem realmente  acreditou na sua liderança, mas sairia como um orgulho nacional, teria  a gratidão  e respeito  de todos angolanos e da comunidade  internacional.

MatabichoEconomoPolitico
José Eduardodos Santos (JES)

O homem não é  perfeito, acerta e comete erros,  mas nunca  deixa de ser homem. Criticamos as acções do Governo, na figura do Presidente, mas respeitamos e entendemos que os  seres  humanos estão sujeitos a cometer erros, sobretudo se é um police maker que deve representar os interesses de todos. 
Por questão  de coerência e de sentido  de  cidadania nunca me dei o direito  de bajular, muito menos criticar de forma agressiva. Hoje  posso dizer muito  obrigada  por ter dedicado a tua vida  e o teu tempo sendo presidente deste Gigante de nome Angola. Muito obrigada  por ter sido sucessor de Neto. Muito obrigada  por levar o nome de Angola  noutros confins.  Muito obrigada  pela paciência de aturar nós os críticos que só  desejamos  uma Angola  igual para todos. Muito obrigada  por ser Presidente  do Movimento  Popular  de Libertação  de Angola.  Muito obrigada  por ser o JES. Não sei se estaríamos melhor ou pior sem a vossa governação, a única certeza que tenho é que o destino escolheu-te para dar continuidade  na História  de Angola que Agostinho Neto  e todos os outros heróis  nacionais incluindo os líderes dos partidos da oposição  sonharam quando lutaram contra o regime  colonial português.
Em nome do MatabichoEconomoPolitico e em meu nome  próprio Josefa  Trindade, desejamos  votos de bom descanso e muita saúde, que finalmente  possas desfrutar da  existência  para dedicar-se a questões meramente humanas.





quinta-feira, 25 de maio de 2017

25 de Maio, Dia da África

Seríamos nós a fazer doação para o Mundo,  e não o contrário. 



🌍Africa, eu nasci aqui.  Orgulho-me bastante por ser africana, mas estou muito desapontada com os líderes africanos, com excepção de alguns.  Penso que eles deviam e  podem fazer melhor.  É triste ver africanos abandonarem as suas próprias terras em busca de oportunidades na Europa, vê-los sofrer aqui, quase sem dignidade.  África tem tudo para dar certo, só falta vontade de fazer acontecer. Aproveitem a força dos jovens, saibam tirar proveito da tecnologia e da globalização  para levar o continente ao nível que merece, atendendo os nossos recursos.  Nós podemos ser mais competitivos no cenário internacional, podemos ser mais activos e menos passivos.  Seríamos nós a fazer doações para o Mundo,  e não o contrário.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Angola: as mulheres merecem aborto seguro e legalizado

Aos amigos, irmãos da fé, e aos falsos moralistas,  gostaria de informar que quando pensamos em assuntos sócias devemos sair do nosso mundo quadrado,  do nosso credo religioso,  das nossas convicções morais para não universalizar as nossas crenças. Isso chama-se respeito pela vida dos outros. 


MatabichoEconomoPolitico: as mulheres merecem aborto seguro e legalizado
Josefa Trindade



Sou e serei a favor do aborto enquanto mulher que conhece a realidade e o universo feminino.  Não abortarei por uma escolha pessoal, porque nem todas têm a mesma sorte: acesso a informação, acesso aos anticontraceptivos por questão de várias naturezas. Claramente, a minha educação cristã influencia também nas minhas escolhas, mas não me daria o luxo de condenar quem sentir necessidade de recorrer ao aborto. Uma lei que pune as mulheres por terem uma vida sexual é uma lei discriminatória, uma lei que responsabiliza penalmente as mulheres que por motivos psicológicos, económicos, e sociais não podem e não se sentem prontas para levar uma gestação até ao fim é uma lei que automaticamente prefere um fecto em relação a uma mulher adulta(adolescente). Essa lei que prefere trazer filhos indesejados ao Mundo nem sempre estará pronta para ajudar assistencialmente as mesmas crianças frutos de uma gestação indesejada, essa mesma lei pouco importa-se com os constrangimentos que essa futura mãe pode correr durante e depois da gestação. Eu sou a favor do aborto porque não posso ser educadora ou mãe de todos os filhos indesejados. Eu espero e desejo estar grávida um dia quando a vida permitir, mas estou aliviada em saber que vivo num país onde  posso mudar de ideia quando eu quiser porque a lei não me condena.
Essa lei que os parlamentares angolanos têm descutido é um assunto de saúde pública, e por isso não deve apegar-se aos dogmas religiosos bem sim nos Direitos Humanos. Penalizar o aborto é privar as mulheres da propria liberdade. 

sexta-feira, 4 de março de 2016

Sociedade moderna e os conceitos errados: "quando és pobre, mas ela acredita nos teus sonhos"

Março chegou, veremos nas redes sociais e nos convívios da nossa sociedade uma excessiva atenção e elogios hipócritas para as mulheres. Mas depois de passar o mês "das mulheres", as mesmas mulheres merecedoras de mimos durante 31 dias, serão objecto de ataque em todos os contextos socias para os restantes  dias. Alguns homens se darão o direito de ofender, matar, violar, humilhar e perpetuar alguns estereótipos que quase todos têm como verdades absolutas. Um desses estereótipos é o facto que mulheres procuram sempre um homem que socialmente está em uma situação econômica superior e vantajosa  para as mulheres. 

Josefa Trindade

Abrindo o meu facebook hoje, deparei-me com uma imagem de um casal pobre com a seguinte frase: "quando sei povero ma lei credi nei tuoi sogni",  ou seja, "quando és pobre, mas ela acredita nos teus sonhos". 
Senti-me ofendida e chamada em causa nessa imagem pejorativa, e discontextualizada. Daí a necessidade de partilhar convosco o meu ponto de vista e experiência de vida. 
Correcção do MatabichoEconomoPolitico:  Quando vocês são pobres mas ela acredita nos vossos sonhos. Acredita nas vossas  capacidades de conquistarem o Mundo. Acredita que juntos podem ser e fazer melhor. 

MatabichoEconomoPolitico, Josefa Trindade
Foto fonte: web 




Nem toda mulher espera por um homem bem resolvido,  algumas querem ser bem resolvidas, e ter um parceiro com a mesma visão,  não importa o quanto têm no bolso neste exacto momento.   O importante é sonhar e lutar para realizar cada sonho, desde os mais banais aos mais difíceis.  A ideia de mulheres materialistas ou parasitas está em extinção, muitas mulheres estão formadas e em formação;  outras não tiveram a mesma sorte, mas dedicam-se ao comércio formal ou informal; e noutras actividades para ajudar as  despesas familiares.  E ao contrário do que se diz das mulheres,  nos últimos anos tenho verificado um facto muito  engraçado: os homens materialistas, parasitas vulgarmente chamados de  "homens interesseiros" está em aumento.  Posso dizer que  estamos  a inverter os papéis. As mulheres descobriram e estão descobrindo os seus potenciais, e isso tem lhes ajudado a ser mais independentes e menos vinculadas na escolha dos parceiros.  Já não se a contentam com bem matérias,  querem respeito,  carinho e atenção. Motivo pelo qual o número de casais separadas aumenta constantemente.  Elas querem homens que sejam suportes morais, que sirvam de ajuda  realizarem-se e ocuparem um rolo mais participativo na vida. Desde sempre,  as mulheres  ajudaram os homens, motivaram e fizeram coisas para vê-los prosperar porque acreditava-se que era suficiente que eles trouxessem o salário para garantir a sustentabilidade da família. Hoje, elas sabem da importância de ter um parceiro no verdadeiro sentido da palavra: um homem que sente-se infeliz ao ver a sua amada estática,  então deseja e apoia para vê-la realizada em todos sentidos.  Hoje sabe-se que dois salários é melhor do que um..., porque não é apenas uma questão de dinheiro,  é uma questão de sentir-se útil e orgulhosa das suas actividades extra familiares.  Por um mundo onde as relações são e servem para estimularem-se e motivarem-se, e não apenas como forma usarem as pessoas para atingir os próprios fins.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Rwanda: Paul Kagame tem o consenso populacional para alteração da constituição

Rwanda realizou hoje um referendo consultivo, onde o povo votou a favor do  sim para a alteração da constituição, neste contexto, Paul Kagame actual Presidente do Rwanda   mantem-se no poder até 203
Não me preocupo com os anos em que este  poderá estar no comando da liderança do seu país,  eu me preocupo em saber se está apto, se estará ali ao serviço do povo e dos interesses colectivos,  me preocupo em saber se saberá encontrar um equilíbrio entre estabilidade política e estabilidade económica,  me preocupo em saber se a sua governação tem o consentimento do seu povo. Porque nem sempre os sistemas impostos pela ocidente são funcionais nas realidades africanas.  Nós estamos habituados a ter um soba na aldeia, um homem sábio que tem como responsabilidade social e moral  ajudar a resolver os problemas da colectividade,  sejam esses de carácter afectivo, económico,  legislativo ( regas de convivência das zonas rurais. 




Nós precisamos de uma Afrocracia.  Uma democracia baseada nos valores originais d'Africa.  E não de uma democracia que pouco representa a cultura africana, e como se não bastasse os inventores também não sabem fazer o justo uso. 

Voltamos as origens, aos reinados.  E deixemos de nos matar, nos odiar em nome de uma democracia inexistente.
Não conheço a política deste presidente,  tão pouco  conheço o seu plano de acção para os próximos anos de governação. Então fica difícil dizer se concordo ou menos.  A única visão actual é que devemos deixar que a competição seja apenas de carácter formal até conseguir o consenso(voto) do povo; depois disso os partidos existentes devem unir as forças para melhor representarem e savaguarfarem os interesses do povo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cesar Beccaria para o caso de Angola: 15+2



Em destaque: Domingod da Cruz no Tribunal de Luanda
Dizem que "os livros são mestres mudos",  a ser assim, gostaria de propor este clássico literário à PGR angolana.
  • Livro: Dos delitos e das penas
  • Título original: Dei delitti e delle pene
  • Autor: Cesare Beccaria


C. Beccaria - Dei Delite e Delle Pene


Dos delitos e das penas ( um livro com 251 anos de ensinamento de humanidade, perdão, respeito e amor pela vida).  A morte não justifica nenhum crime, não deixem o Luaty, o Nito Alves  morrerem; não deixem os jovens 15+2  em greve de fome e em condições desumanas! 

Sou cidadã angolana, amo Angola,  tenho profundo respeito pelos órgãos de soberania,  reconheço a importância das leis,  mas venho apelar  ao Ministério Público que façam uma justa interpretação e aplicação desta grande obra, que humanista Beccaria deixou como herança...
Vejo um país cada vez mais mergulhado e enrolado numa crise política e institucional sem precedentes. Vejo angolanos cada vez mais conscientes da importância de exercerem cidadania, e vejo um Regime incapaz de seguir as dinâmicas do tempo, sendo assim priva a liberdade de expressão e física de quem pensa fora da caixa. Precisamos que os juristas estejam de facto livres das chantagens do poder para que eles possam exercer as suas funções com verdade e honestidade, e não para agradarem alguns interesses. É claro aos olhos dos angolanos que essa prisão é injusta. É claro aos olhos dos angolanos que esses jovens representam a nova Angola que se questiona, e tem compromisso com o futuro da Nação. Não deixem os jovens morrerem, não deixem essas vozes corronperem-se... Liberdade já!

A primeira vez que tive em contacto com esta obra foi no liceu, nas aulas de literatura italiana.  E posteriormente,  tive novamente  acesso todas as vezes que dentro da Comunidade de Santo Egidio de Roma tivéssemos que abordar  questões  inerentes à pena de morte e da luta para a abolição da mesma.  As poucas vezes que escrevi uma carta para um prisioneiro que estava naquelas condições,  e as poucas vezes que tive a possibilidade de encontrar testemunhas vivos vítimas desta pena, na minha ingenuidade pedia sempre que a justiça fosse cada vez mais justa num Mundo onde nem todos são tratados iguais (existem os privilegiados e os desgraçados), que ela fosse respeitada e reconhecida por todos.  E no meu subconsciente pensava sempre numa Angola mais justa.


Como escrevi a cima, o livro tem tradução em português, é muito útil para quem estuda Direito e para aqueles que trabalham com serviços prisionais. Existem várias editoras que fazem réplica do mesmo, quem poder ter este livro na sua livraria de casa, fará um favor ao próprio intelecto e bolso. Por ser um clássico, existe há  possibilidade de baixar gratuitamente em formato PDF. 
Votos de boa leitura! 

Ler também:  www.makaangola.org  

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Descolonizando as mentes









As correntes que ontem serviram para controlar os nossos passos, privando-nos da nossaliberdade, ainda existem, ainda estão presentes, embora invisíveis. Essas correntes não desapareceram na totalidade, hoje identificam-se com os nossos cérebros escravizados: preguiçosos, incapazes de eliminar os estereótipos criados pelos outros.Libertamos as mãos e os pés, falta libertar a cabeça. Falta eliminar o preconceito, falta romper com os esquemas mentais que nos foram incutindo durante séculos e séculos. A verdadeira descolonização, aquela mais difícil, ainda não foi enfrentada. Ela é bem visível nos nossos dias, nas nossas acções, consiste em valorizar, em acreditar no potencial do próprio negro, consiste em aceitar as próprias características fisionómicas. Poderia ficar aqui a  citar as inúmeras correntes que impede os africanos a desenvolverem-se e a conquistarem o mundo. Quero apenas dizer que estamos na fase da eliminação dos preconceitos coloniais, na luta e na conquista de um novo amanhecer africano, onde todos africanos e não só, são chamados à contribuição no que diz respeito ao resgate de valores e da dignidade humana. Sonho com uma África independente na sua totalidade e não parcialmente, como temos visto nos dias de hoje. A África precisa de bons filhos instruídos, que tenham de facto conquistado a independência mental para enaltecer o  “amado e cobiçado” continente. Portanto, cabe a nós filhos, desta Terra Mãe, que chora pelas inúmeras catástrofes que têm a sua origem na má formação humana e no egoísmo político, deitar as correntes do preconceito, as correntes que criam discórdia entre nós, valorizar e dar mais credibilidade aos próprios africanos. Pois, a África será livre quando os seus filhos tomarem nas suas próprias mãos o seu destino, desacorrentando em primeira mão as mentes, e lançar-se para um futuro melhor.










                                                                                                        

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A África no meu imaginário


Hoje é dia em que os africanos celebram o dia da África, infelizmente, me deparei com um vídeo tão violento que  faz-me  crer que falta humanização, respeito e tolerância entre  os povos africanos. Há exigência de inverter o quadro é de carácter urgente. Não podemos considerar que violência justificada é violência aceitável , qualquer acto de violência é punível pela lei. Ate mesmo aqueles que estão legítimados
 a fazerem uso da força física ou das armas têm de seguir uma série de regras de protocolo para não serem vistos como impostores que usam as fardas militares por fins pessoas como se de delinquentes se tratasse. E foi exactamente a impressão que os angolanos tiveram ao assistir aquele vídeo. 
MatabichoEconomoPolitico
Josefa Trindade ( MatabichoEconomoPolitico)


O vídeo em questão foi tirado no perfil de um cidadão angolano. Ele partilhou nas redes sociais um acto  bárbaro, feito por cidadãs angolanos militares. És aqui as palavras que usou para descrever a situação: 

Na Lunda Norte
Continua o Massacre dos indígenas
No município do Luremo, Forças da Companhia de Segurança denominada KPP, ao serviço da Empresa de Exploração de diamantes LUMINA, têm massacrado selvaticamente pobres nativos, cidadãos miseráveis que na região se entregam as práticas do garimpo de diamantes, com o único objectivo de escapar a morte por fome. Os diamantes são o único recurso natural que Deus os deu para sobreviver. O que fazer quando em troca é a morte?… Estes métodos brutais atribuíam a UNITA, hoje quem é o Demónio ou o Diabo depois da morte de SAVIMBI, faz já 12 anos?
O presente Vídeo mostra bem as evidências do carácter torcionário de gente malvada que serve o Regime… (MC Kanjila)

Na África dos meus sonhos essa desumanização não vai existir porque os jovens do meu tempo condenam estes actos, porque os jovens do meu tempo estão fartos das violências e destratamentos que os nossos irmãos mais vulneráveis têm suportado.
Haverá respeito,  dignidade,  igualdade de deveres e direitos, diálogo,  partilha, bem estar social, valorização entre os africanos. 
Na África no meu tempo nenhum africano será humilhado dentro do seu próprio território.
Na África do meu sonho os africanos não serão obrigados a imigrarem por causa da fome, carestía,  guerras ou perseguições.
Na África do meu tempo as diferenças ideológicas ou apenas partidárias não serão vistas como ameaças para confrontos bélicos.  
Na África do meu tempo quem possuir armas protegerá a população dos delinquentes,  e não usará a sua força ou  status para reprimir a população.
Na África do meu tempo os nossos recursos não serão explorados para enriquecer os outros continentes,  mas sim o nosso. 
Na África do meu tempo União Africana será um órgão capaz de resolver os problemas da África.  

Link para assistir o vídeo: 

Angola: o escândalo do Fundo Soberano tem novos detalhes no Tribunal

JES informou João Lourenço sobre a operação USD 500 milhões na passagem de pastas O antigo Presidente da república, José Eduardo dos Santo...