sábado, 28 de janeiro de 2017

Portugal: Conferência Nacional do Turismo de Residência e de Golfe



A Economia portuguesa da era pós crise tem sido sustentada pelo turismo. Os elementos que mais têm contribuído para o desenvolvimento da Economia é o turismo de residência e golfe.  "O Golfe tem gerado receitas anuais equivalentes a 120 milhões de euros.  É um dos sectores estratégico para Portugal. O país tem recebido anualmente 300 mil turistas amantes desta modalidade desportiva", afirmou o Director Executivo/ PCA do CNIG, Pedro Fontainhas.




Foto: Josefa Trindade 



No dia 27 do corrente mês, no Hotel Dom Pedro Palace, em Lisboa  decorreu  a "Conferência Nacional de Turismo de Residência e de Golfe", promovida pela APR e CNIG. O evento contou com mais de 300 participantes, entre eles  especialista públicos e privados. Notou-se uma forte presença de profissionais estrangeiros, razão pela qual escolheu-se o inglês como língua de comunicação.  Todos  tiveram uma participação  activa nos vários painéis e mesas de debates.

O  turismo em Portugal está cada dia mais atractivo,  e as perspectivas indicam que vai crescer ainda mais nos próximos anos.  Os dados apontam por um número  mais elevado para turistas franceses e chineses.

Portugal tem revelado-se uma meta turista importante nos últimos anos, sobretudo depois da crise  Económica que atingiu a Europa e de modo particular os PIGS/PIIGS no período de  2008 à 2010.

"As pessoas tornaram-se mais racionais, atentos e  informadas, com fortes tendências à poupança. Em termos de compra ou investimento imobiliário,  elas têm mais noção dos riscos em caso de crise, por isso são menos emotivos", afirmou João Madeira. Na mesma ordem de ideais Juan Vega acrescentou "os clientes por serem mais informados, são também mais atentos e exigentes. Por isso, é necessário pensar na oferta dos serviços para compensar o custo do investimento".

O sector turístico também foi afectado pela crise,  os consumidores turísticos são mais informados, graças a difusão das plataformas online tal como, Edreams,  TripAdvisor,  Airbnb, os turistas possuem mais e melhores informações em relação aos  outros anos.

Portugal soube tirar vantagem da crise, em relação a nova realidade europeia e mundial, construiu um novo destino através de políticas estatais bem definidas que ajudaram a classe empresarial na promoção de Portugal como meta turística. Oferecendo-se ao Mundo como uma nova meta a ser explorada. 

As razões que fazem com que  as Terras Lusas sejam interessantes são várias: clima,  cultura,  gastronomia,  hospitalidade, preços de hotéis mais baixos,  custo de vida mais baixos, os famosos vinhos de Alentejo e do Porto, praias e surf, campos de Golfe, turismo universitário através do Programa Erasmus, facilidade na comunicação porque os portugueses dominam bem outras línguas. Um outro ponto a favor é por ser considerado um país seguro em termos de criminalidade e terrorismo, a diferença dos outros países europeus que vivem sobre ameaças de  ataques terrorísticos.  

Além do Golfe,  um dos grandes potências da oferta turística portuguesa tem sido o turismo residencial, várias análises feitas mostram que  é o negócio turístico que o mais crescerá porque tem  maior atracção para captar investimento estrangeiro.

Marketing Turístico Internacional

Um dos argumentos mais polémicos foi a divulgação do turismo português além fronteiras. E a resposta de muitos foi a seguinte "para conquistar mais visibilidade internacional, é necessário unir todos os empresários imobiliários e agentes de promoção do turismo  para serem vistos de uma forma global, e  não irem ao exterior de forma individual como tem acontecido. Deste modo, é mais fácil atrair investimentos externo porque eles terão uma visão completa das oportunidades existentes no país". 

Os participantes deixaram claro a  importância da sinergia entre os vários operadores turísticos, no que diz respeito a Internacionalização de Portugal como marca turística, tal como tem feito a Espanha nas grandes feras internacionais. 

O golfe não  tem sido  uma modalidade preferencial dos jovens, por isso os oradores  deixaram algumas sugestões para atrair os jovens a esse desporto.  Para o turismo de residência falou-se da importância dos serviços e actividades que ajudam a inclusão dos jovens, tal como o timeshare, Centro Comercias, Unidades hospitalares para servirem de ancora dos resortes.


Muitos investidores estrangeiros escolhem Portugal para os seus investimentos de turismo residencial  por duas razões: estabilidade jurídica e fiscal. 
Actualmente,  há mais  investidores a procura  imobiliários  nas grandes cidades, como é o caso de Lisboa.  Portanto,  existe uma necessidade de começar a promover os  resortes  para que o turismo residencial cresça fora dos centros. Para tal, é necessário que hajam mais vóos  domésticos com destino a esses lugares. 



O turismo da região norte de Portugal, Algarve e outras cidades é considerado  de luxo.
Normalmente,  quem compra casa no Algarve tem interesses no golfe.  Os grandes clientes desta região são os ingleses, espanhóis, franceses e italianos, todos eles  usam como casa para férias. Os  russos e chineses representam  potencías clientes. Portanto, é necessário que os operadores turísticos e a a CCIP  participem nas feiras internacionais destes países. 

"O mesmo com o brexit, os ingleses continuam a fazer os seus investimentos mobiliários porque o preço das acções aumentou. Graças às políticas de créditos bancários mais acessíveis aos jovens, eles aumentaram o seu poder de compra dos imóveis". Mas o brexit continua a ser uma ameaça burocrática em termos de vistos.

O turismo português  tem conquistado uma quota no mercado internacional  muito importante,  e tem  recebido vários reconhecimentos internacionais porque é mirado a sustentabilidade ambiental. Desde o período da crise,  é o sector que mais  cria empregos, que mais contribuiu para  a Economia portuguesa.

No fim da conferência reconheceu-se o trabalho dos empresários, das instituições públicas e privadas, e que têm colaborado de forma constante para que o negócio cresça cada vez mais. Falou-se da necessidade de manter os níveis da qualidade, de prestarem atenção às novas  oportunidades e sabe-las usar para que Portugal mantém e   conquiste novas quotas de mercado  turístico.




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